Sou Ricardo Jesse, artista plástico que desenvolve sua pesquisa entre a fronteira do figurativo e do abstrato, explorando a pintura crítica como linguagem para tensionar o olhar contemporâneo. Minha trajetória é marcada pelo diálogo entre tradição e ruptura, entre o gesto espontâneo e a construção consciente da imagem.

Minha técnica, que denominei Sobreposição Gestual, nasce do choque entre camadas de cor e intensidade. É pintura em estado bruto: o gesto não busca apenas reproduzir a realidade, mas substituí-la, criando uma nova percepção visual. Chamo isso de ensino da substituição visual, uma forma de mostrar que a arte pode recriar o mundo, não apenas descrevê-lo.

Estudei artes visuais na Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas meu aprendizado sempre transbordou os muros da academia. Minha pintura é influenciada por mestres como Caravaggio, Cézanne, Van Gogh, Picasso, Pollock, Basquiat e Iberê Camargo. Esses nomes não são apenas referências: são ecos, pontos de contato que se reconfiguram em meu trabalho dentro de uma linguagem própria.

O Realismo Expandido que proponho é um manifesto estético e ético: olhar para o rosto humano, para o corpo e para o gesto como símbolos de resistência, memória e crítica. Minha produção é um convite ao espectador para atravessar a superfície da tela e questionar as imagens que sustentam nossa cultura.

Mais do que obras, proponho experiências visuais que vibram entre a cor, o olhar e o silêncio. Cada tela é um campo de tensão entre presença e ausência, entre aquilo que se mostra e o que insiste em permanecer invisível.